Rui Lopo, Vogal do Conselho de Administração da TML – Transportes Metropolitanos de Lisboa, debateu o tema “Mobilidade e Qualidade de Vida” com Filipe Anacoreta Correia (Câmara Municipal de Lisboa), João Vieira (Carris), Sofia Pires Bento (I.M.T.) e Susana Castelo (TIS), numa mesa moderada por João Ferreira.
A Conferência “Lisboa, uma Cidade para Todos”, organizada pelo Correio da Manhã em colaboração com a Câmara Municipal de Lisboa, aconteceu no Museu do Fado, em Lisboa, dia 20 de fevereiro, e destacou Lisboa como uma referência exemplar no caminho para a sustentabilidade urbana.
No domínio da mobilidade urbana, Rui Lopo destacou o papel da TML enquanto coordenadora das vontades e desafios dos municípios da área metropolitana de Lisboa e impulsionadora de sinergias às quais é necessário dar resposta. A desenvolver um trabalho que abarca desde a bilhética às infraestruturas de transportes, Rui Lopo recordou alguns dos marcos da empresa, como o navegante®, que “trouxe uma simplificação da utilização do transporte”, ou a operação da Carris Metropolitana, que continua em franco crescimento, com o transporte de 700 mil pessoas registado no dia anterior à conferência, “um novo record”, conforme adiantou.
Filipe Anacoreta Correia, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, cidade onde entram cerca de um milhão de pessoas por dia, destacou igualmente a aposta no transporte público, no esforço de trazer os jovens para o mesmo, e ainda na disponibilização da Gira gratuita e da oferta dos parques navegante®.
João Vieira, Diretor de Estratégia, Inovação e Ambiente da Carris, referiu um ponto importante sobre o gasto de combustíveis indicando que o investimento realizado na redução de dependência de combustíveis fósseis é muito importante.
Já Sofia Pires Bento, Coordenadora da Estratégia Nacional para a Mobilidade Ativa, recordou que “somos todos peões” e que o esforço se deve centrar em mover pessoas e não carros. Susana Castelo, CEO da TIS, consultora em mobilidade sustentável, reforçou o painel com a ideia de que a não utilização do transporte público é uma posição retrógrada, “parada no tempo”, que deve ser combatida.
O site oficial do LIFE Moonset já está online!
Imagine um mundo onde os trabalhadores noturnos possam deslocar-se de forma sustentável, sem depender de veículos particulares. É exatamente essa realidade que o LIFE Moonset está a tornar possível!
Financiado pelo Programa LIFE da União Europeia e apoiado pela CINEA – Agência Executiva Europeia para o Clima, Infraestruturas e Ambiente, este projeto inovador está a redefinir a mobilidade para aqueles que trabalham em horários tardios ou de madrugada — tornando as cidades mais ecológicas, os transportes mais acessíveis e a mobilidade mais inteligente.
Agora, com o lançamento do nosso site oficial, pode acompanhar todas as etapas deste projeto, manter-se atualizado sobre os seus principais avanços e ver como o LIFE Moonset está a moldar o futuro do transporte sustentável.
O que é o LIFE Moonset?
O LIFE Moonset é mais do que um projeto — é um compromisso com a mudança. O nosso objetivo é reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, melhorar a acessibilidade aos transportes e promover escolhas de mobilidade sustentável em toda a Europa.
Ao focarmo-nos em soluções reais e práticas, pretendemos apoiar cidades, empresas e distritos industriais na sua missão de alcançar a neutralidade climática.
Lançado a 16 de setembro de 2024, em Viena, o LIFE Moonset decorrerá até agosto de 2027, com um investimento total de 2,9 milhões de euros, sendo 60% cofinanciado pelo Programa LIFE da União Europeia.
Juntos, estamos a demonstrar que a mobilidade noturna pode ser sustentável, eficiente e inclusiva!
Transformação em Três Cidades Europeias
Nos próximos três anos, o LIFE Moonset irá introduzir e testar um serviço de transporte flexível a pedido (DRT – Demand-Responsive Transport) inovador na Áustria, em Portugal e na Bulgária. Este sistema de última geração oferecerá uma alternativa sustentável ao automóvel para os trabalhadores que se deslocam fora dos horários habituais dos transportes públicos.
A Nossa Visão: Um Futuro Mais Sustentável e Inclusivo
🌱 Revolucionar o transporte noturno, disponibilizando soluções de mobilidade flexíveis para trabalhadores que iniciam ou terminam os seus turnos quando o transporte público não está disponível.
♻️ Reduzir as emissões dos transportes e a dependência do automóvel, tornando as cidades mais limpas e saudáveis.
🚶 Melhorar a acessibilidade aos locais de trabalho, especialmente para profissionais em situações mais vulneráveis ou desfavorecidas.
🏙 Capacitar as cidades europeias a adotar soluções de mobilidade sustentável e a alcançar os seus objetivos ambientais.
Uma Rede de Parceiros Europeus de Excelência
O LIFE Moonset conta com a colaboração de instituições e empresas de transporte líderes na área da inovação e sustentabilidade:
A forma como nos deslocamos à noite está a mudar — e pode fazer parte desta transformação!
🔗 Saiba mais e acompanhe todas as novidades: www.lifemoonset.com
Vamos redefinir a mobilidade e tornar as nossas cidades mais sustentáveis — uma viagem de cada vez.
Nos dias 20 e 21 de fevereiro acontecem em Almada as sessões de participação pública para reflexão crítica sobre a extensão do Metro Sul do Tejo à Costa da Caparica e à Trafaria. As portas estão abertas a todos!
Duas sessões, a primeira no Casino da Trafaria e a segunda no INATEL da Costa da Caparica, sempre às 18h30, vão realizar-se, com vista à recolha dos contributos das comunidades locais. Programa completo aqui.
As sessões sucedem-se à conferência de apresentação técnica do projeto, realizada no passado dia 10 de fevereiro, no Auditório do Uninova, na NOVA FCT, em Almada, que se revelou uma casa cheia com convidados e público em geral.
Sobre este projeto que visa estender o Metro até à Costa da Caparica e à Trafaria, num percurso que será aumentado em sete quilómetros e que incluirá dez novas estações, Faustino Gomes, Presidente do Conselho de Administração da TML – Transportes Metropolitanos de Lisboa, em nome de uma das três entidades envolvidas no projeto, realçou a importância de servir as populações da área metropolitana de Lisboa com uma rede de transportes coletivos em sítio próprio – a oferecerem a fiabilidade que os autocarros, partilhando as vias com os carros, não conseguem garantir – e adiantou ainda que este é um projeto integrante de um outro mais ambicioso, que vai ligar Almada a Alcochete, com eventual extensão até ao novo aeroporto.
O processo de participação pública deste projeto termina a 6 de março, com a divulgação pública das conclusões e planeamento das fases seguintes, numa Conferência de Encerramento a realizar-se novamente no Auditório da NOVA FCT.
Para além das Sessões de Participação Pública, a população pode dar o seu contributo online através do preenchimento do seguinte Formulário.
Perguntas Frequentes
Qual a importância deste Projeto no âmbito da mobilidade?
O prolongamento do sistema de metro ligeiro de superfície da margem sul do Tejo (Metro Sul do Tejo – MST) à Costa da Caparica e à Trafaria, a partir do Campus Universitário da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, foi considerado como um projeto prioritário, tendo como objetivo principal promover uma ligação rápida e estruturante dos vários pontos da atual rede do MST à Costa da Caparica e à Trafaria, assegurando uma melhor conectividade entre as diversas áreas dos territórios de Almada e Seixal.
A ligação à Trafaria permitirá ainda aproximar o concelho de Almada de Lisboa, melhorando, desta forma, a mobilidade ao nível da área metropolitana e conferindo uma nova centralidade ao concelho de Almada no contexto da área metropolitana de Lisboa.
Esta extensão contribuirá para reduzir a dependência do transporte individual, respondendo assim ao compromisso de Portugal de atingir a neutralidade carbónica em 2050.
Como está a ser desenvolvido este Projeto?
Em 15 de julho de 2024 ocorreu a assinatura do Protocolo de Colaboração para o Estudo, Planeamento e Concretização do Projeto da Extensão do Metro Sul do Tejo – Almada (Universidade) – Costa da Caparica (Trafaria) entre a Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML), o Município de Almada e o Metropolitano de Lisboa.
No âmbito deste Protocolo foi acordado desenvolver o projeto de expansão, tendo em consideração o designado Traçado de Referência proposto pelo Município de Almada, cabendo a cada uma das 3 entidades envolvidas distintas responsabilidades.
Quais as responsabilidades de cada uma das Partes do Protocolo de Colaboração?
Cabe ao Metropolitano de Lisboa a gestão do projeto, estabelecendo e assegurando a colaboração entre a TML e o Município de Almada, bem como desenvolver e/ou promover: o relatório de diagnóstico; fazer a avaliação da viabilidade técnica-económica do traçado de referência; a realização de serviços de cartografia e de topografia; a realização da campanha geotécnica e geoambiental, a realização de estudos de projeção de procura; a análise custo-benefício global; entre outros.
Cabe ao Município de Almada estabelecer as condições de inserção urbana da solução a projetar, no território sob sua tutela administrativa, particularmente de harmonização com as áreas urbanas envolvidas.
Cabe à TML assegurar a devida articulação com o Metropolitano de Lisboa no que respeita aos estudos sobre tráfego, procura e harmonização das diferentes opções de transporte público.
Para dar cumprimento aos objetivos deste Protocolo, foi acordado constituir um Grupo de Trabalho, que garanta o acompanhamento permanente do desenvolvimento do Projeto e que, desde agosto de 2024, tem desenvolvido o seu trabalho conjunto.
Quando será finalizado o Projeto e se iniciará a exploração?
A atual fase de desenvolvimento do Projeto prevê a preparação dos estudos preliminares até à fase de Estudo Prévio, que deverá ficar concluído até ao final de 2026, conforme definido na Portaria n.º 410/2024/2, de 21 de março, do Gabinete da Secretária de Estado do Orçamento e Gabinete do Secretário de Estado da Mobilidade Urbana.
Só posteriormente será possível haver uma tomada de decisão sobre o modelo a tomar ao nível da contratação da extensão da rede do Metro do Sul do Tejo à Costa da Caparica e à Trafaria, bem como ter uma data mais aproximada referente ao início da exploração desta nova infraestrutura de transportes.
Por forma a maximizar o aproveitamento dos Fundos Comunitários disponíveis, a fase de exploração, deverá ter início até ao final de 2029, sendo antecedida pela conclusão do projeto e pela execução da obra.
Qual é o traçado deste Projeto?
O traçado corresponde, em sentido lato, ao percurso onde será implantado o canal de metro ligeiro.
Assim, o Traçado de Referência deste Projeto, proposto pela Câmara Municipal de Almada e que foi integrado no Protocolo de Colaboração, ilustra-se na Figura 1, apresenta uma extensão de 6,7 km e 8 estações, desenvolvendo-se através da freguesia da Costa da Caparica e da União das Freguesias de Caparica e Trafaria.
Este Traçado encontra-se em fase de consolidação, o que se traduz no estudo de alternativas tecnicamente viáveis, que garantam a melhor ligação à Costa da Caparica e à Trafaria, com a necessária intermodalidade com os restantes modos de transporte. A evolução deste trabalho ilustra-se na Figura 2, que se designou como Traçado Base. Este traçado em estudo apresenta uma extensão de 7,3 km, incluindo 10 estações.
Uma das principais alternativas ao Traçado de Referência, desenvolvidas até ao momento, é a proposta de prolongamento desta linha, numa extensão adicional até um local mais próximo do Terminal Fluvial da Trafaria, o que permitirá uma ligação direta entre o metro ligeiro de superfície e o transporte fluvial.
Por outro lado, está a ser previsto o desenvolvimento de uma nova interface no Centro da Costa da Caparica, por deslocação do terminal de autocarros atualmente instalado junto da Torre das Argolas, devolvendo-se esse espaço público à cidade da Costa da Caparica. Na nova interface propõe-se a existência de um serviço intermodal entre o metro ligeiro, a Carris Metropolitana, um novo serviço de Transpraia, os Táxis e os TVDE, bem como a criação de um novo parque de estacionamento dissuasor e a inclusão de uma área para parqueamento de bicicleta. Esta interface será desenvolvida em harmonia com os estudos em curso, pelo Município de Almada, de entrada na Costa da Caparica e do loteamento municipal, que inclui o novo Centro de Saúde da Costa da Caparica e a intervenção prevista para a Rua do Juncal.
Figura 1 | Traçado de Referência | Protocolo de colaboração entre TML, Município de Almada e Metropolitano de Lisboa – planta geral
Figura 2 | Traçado Base | Consolidação do Traçado de Referência – planta geral
O canal do metro ligeiro será acompanhado de canal ciclável e pedonal?
Este projeto prevê a integração, de forma segregada e sempre que possível, de um corredor pedonal e ciclável ao longo do canal do metro ligeiro. Este corredor será segregado do espaço dedicado ao metro ligeiro, garantindo sempre uma continuidade do percurso dos modos suaves, entre o pólo universitário da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e a Costa da Caparica e Trafaria.
Os estudos sobre o traçado serão sujeitos a debate público antes da sua aprovação final?
De modo a garantir um amplo e antecipado debate público sobre este Projeto, entre fevereiro e março de 2025 haverá um processo de Participação Pública para apresentação do Traçado de Referência e das alternativas em estudo, permitindo o esclarecimento de dúvidas, bem como a recolha de opiniões, sugestões e outros contributos de todo o público interessado sobre este Projeto.
Acresce que este Projeto, sujeito ao regime jurídico de Avaliação de Impacte Ambiental, será, numa fase posterior, objeto de um procedimento formal de consulta pública, que decorrerá por um período de 30 dias úteis, a promover pela Agência Portuguesa do Ambiente.