Num encontro promovido pela Autoridade Metropolitana de Transportes, 10 mulheres reuniram-se hoje para debater as suas experiências enquanto líderes e enquanto referências no sector dos transportes, onde a representatividade feminina em cargos de liderança ainda é insuficiente. Neste debate cativante e na partilha de experiências, realizado num dia dedicado às mulheres, tornou-se evidente que o papel e o empoderamento feminino no sector dos transportes têm um longo caminho a percorrer. As mulheres que ocupam cargos de chefia neste sector continuam a ser uma minoria significativa.
A falta de representatividade das mulheres em cargos de alto nível no conselho de administração é evidente neste sector, com algumas e poucas empresas a ser a exceção notável com a aposta consistente na inclusão feminina em todas as suas dimensões.
A TML – Transportes Metropolitanos de Lisboa esteve representada neste debate pela administradora Sónia Alegre, que ingressou no sector dos transportes há três anos, após uma carreira de 21 anos no sector bancário.
Sónia Alegre explicou que a sua entrada no sector dos transportes ocorreu graças à lei das quotas, que a tornou visível devido a uma medida pública. De acordo com Sónia Alegre, “Uma mulher traz equilíbrio a um Conselho de Administração. As empresas são feitas de homens e mulheres, e deve existir representatividade de ambos.
A TML – Transportes Metropolitanos de Lisboa, em determinado momento, teve 67% de mulheres na sua estrutura organizacional, explica Sónia Alegre, hoje o número de mulheres na TML já se encontra nos 53%, com igualdade de oportunidades para homens e mulheres. Hoje, as mulheres trazem frescura, empatia e novas ideias a cargos de liderança. A diversidade de género está diretamente relacionada com o P&L das empresas.’
Apesar de considerarem a lei das quotas polémica, as participantes concordaram que foi fundamental, trazendo currículos inovadores que de outra forma não seriam considerados. Ana Paula Vitorino, Presidente da AMT – Autoridade da Mobilidade e dos Transportes, acrescentou que “as mulheres têm de afirmar a sua liderança” e destacou a importância da literacia da mobilidade dos transportes, enfatizando a necessidade de um trabalho conjunto entre homens e mulheres.
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