Há quatro anos no bolso de quem, diária ou esporadicamente, circula em qualquer um dos transportes públicos da área metropolitana de Lisboa, o navegante® reuniu autarcas, governantes, operadores e autoridades de transporte em Sesimbra, numa iniciativa pública que vincou o papel do título de transporte no dia-a-dia das famílias e do país.
Determinante para assegurar o direito das populações à mobilidade, o tarifário que resultou do empenho e partilha de competências entre o estado central e os municípios da amL reforçou os compromissos com o futuro nos mesmos termos da sua criação.
“Para vencer o desafio da descarbonização temos de continuar o caminho que se iniciou em 2019 e apostar nos transportes coletivos”, fez questão de sublinhar o ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, numa perspetiva virada para a “importância que a mobilidade tem para atingir os objetivos coletivos” do país em relação às metas ambientais estabelecidas para as próximas décadas.
"Redução de 400 euros por mês"
Antes, quer o secretário de Estado da Mobilidade Urbana, Jorge Delgado, quer o Presidente da Câmara Municipal de Sesimbra, Francisco Jesus, destacaram os impactos da entrada em vigor do navegante® para milhares de famílias, na iniciativa que teve lugar no Cineteatro Municipal João Mota.
Só em Sesimbra, a “redução de quase 400 euros por mês, no caso das famílias com três elementos” eleva o título de transporte a “medida com maior amplitude económica dos últimos anos no seio dos agregados familiares”, contabilizou o autarca e anfitrião da iniciativa que vincou as vantagens económicas e ambientais do navegante®.
O título de transporte da amL que o presidente da Área Metropolitana de Porto (AMP), Eduardo Vítor Rodrigues considerou um "verdadeiro exemplo" e que constitui um "motivo reforçado de confiança" para presidente do Conselho Metropolitano de Lisboa, Carla Tavares.
“Mudar a perceção” com o navegante®
De resto, com “97% das vendas face ao mesmo período de 2019”, o navegante® continua a afirmar-se como um aliado das famílias e da mobilidade urbana, segundo os dados apresentados pelo presidente e o vogal do Conselho de Administração da Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML), Faustino Gomes e Rui Lopo.
Sensivelmente quatro meses depois do arranque de 2023 e da decisão que manteve inalterados os preços a cobrar pelos navegante municipal (30 euros) e metropolitanos (40 euros) – “essencial para assegurar o direito das populações ao transporte”, segundo o primeiro-secretário da Área Metropolitana de Lisboa, Carlos Humberto Carvalho - a TML prepara-se para lançar uma nova campanha de consciencialização e apelo ao uso dos transportes públicos em detrimento do transporte individual.
O mote é “mudar a perceção” e mostrar que “o transporte público existe e tem muitas vantagens além do carro.” Criada para “desmistificar as vantagens do principal adversário dos transportes públicos”, a campanha que terá presença na televisão, rádio, imprensa e meios digitais pretende ainda contribuir para acelerar o compromisso coletivo com o planeta e uma mobilidade cada vez mais sustentável.
“A comunicação em torno do transporte individual raramente partilha aspectos menos bons e temos de ser capaz de mudar", sintetizou o presidente do Conselho de Administração da TML.