No fim de semana de 8 e 9 de fevereiro realizaram-se as duas primeiras Assembleias Participativas do Plano Metropolitano de Mobilidade Urbana Sustentável (PMMUS), em Loures e no Seixal, respetivamente. As sessões foram muito participadas e animadas, tendo sido apontadas como “um sucesso”.
“Ajudem-nos a melhorar o plano”. Foi com estas palavras que Faustino Gomes deu início às primeiras Assembleias Participativas onde os cerca de 25 participantes de cada sessão, escolhidos por sorteio estratificado, foram convidados a colaborar na construção de medidas concretas para melhorar a mobilidade na região da área metropolitana de Lisboa (amL) até 2035. Após agradecer a presença de todos os participantes e de todos os municípios envolvidos, o Presidente do Conselho de Administração da TML – Transportes Metropolitanos de Lisboa reforçou a importância da participação nestas Assembleias para a boa concretização do PMMUS. “Não temos a veleidade de pensar que sabemos tudo. Pelo contrário, sabemos que não sabemos. E, por isso, queremos ouvir-vos.”
No Seixal, a Vereadora da Mobilidade, Maria João Macau, enalteceu igualmente o envolvimento da população e de todos os municípios da amL, no mesmo alinhamento das melhorias que já têm sido feitas e sentidas pelas populações, nomeadamente com a criação do passe navegante® ou com o aumento da oferta da Carris Metropolitana.
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A importância do Plano e das Assembleias Participativas
Ainda antes de avançar com os trabalhos, Luís Caetano, Coordenador Técnico do PMMUS por parte da Way2Go, empresa contratada pela TML para ajudar a desenvolver o Plano, fez uma breve apresentação do Plano e da fase em que este se encontra. “Melhorar a acessibilidade no contexto metropolitano, promovendo uma mobilidade sustentável, equitativa, segura e eficiente para cidadãos e mercadorias”, apontou como objetivos do PMMUS, um plano que abrange os horizontes de 2030 e 2035 e que está a ser executado em coordenação com os 18 municípios da área metropolitana de Lisboa. Nesta fase em que se encontra – Programa de Medidas e Ações – “queremos apurar ideias concretas para integrarem as medidas do plano”, explicou Luís Caetano. As Assembleias Participativas visam assim proprocionar “uma experiência deliberativa, ainda que não vinculativa”.
O método de trabalho das Assembleias
Feitas as apresentações do PMMUS, da visão estratégica já apurada e a explanação dos objetivos e estrutura da Assembleia Participativa, seguiu-se uma dinâmica chamada de World Café, onde os participantes foram distribuídos por três mesas e rodaram por todas ao final de sessões de 35 minutos, de forma que todos, orientados por um facilitador, tivessem a oportunidade de debater todos os temas em cima de cada uma das mesas. Deste modo, ao final de 1h45, cada mesa tinha definido cinco propostas com base nos cinco eixos da visão estratégica do plano – Melhor Transporte Público, Mais Sustentabilidade, Mais Acessibilidade, Mais Coesão Metropolitana, Mais Inovação Tecnológica.
Ideias não faltaram. Muito pelo contrário, o esforço foi o de eleger, entre muitas, as que melhor exprimiam as necessidades e os desejos dos intervenientes. Temas como horários de transportes, vias dedicadas, ciclovias integradas com os transportes públicos, estacionamento, redução de preços de títulos de transporte ocasionais, informação em tempo útil, entre tantos outros, foram colocados em cima das mesas.
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No final, cada um dos facilitadores resumiu as sugestões apresentadas. Estes contributos, retirados das sessões de Loures, onde estiveram também presentes cidadãos e cidadãs dos municípios de Vila Franca de Xira, Mafra e Odivelas, e do Seixal, onde compareceram também munícipes de Almada, Barreiro e Sesimbra, irão integrar um relatório que será produzido no final das cinco Assembleias Participativas. Por agora ainda falta conhecer os desejos e as propostas dos intervenientes das sessões de Setúbal, Lisboa e Oeiras, onde estarão presentes representantes do público dos restantes municípios da área metropolitana de Lisboa, a realizar nos próximos fins de semana, até dia 22 de fevereiro.
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