Expansão do Metro Sul do Tejo: uma casa cheia para ouvir os resultados – Transportes Metropolitanos de Lisboa

Expansão do Metro Sul do Tejo: uma casa cheia para ouvir os resultados

A conferência de encerramento do processo de participação pública para a expansão do Metro Sul do Tejo, realizada no dia 6 de março, voltou a contar com um público muito atento, cumprindo assim os objetivos esperados.

A última sessão do processo de participação pública para a extensão do Metro Sul do Tejo até à Costa da Caparica e à Trafaria aconteceu na quinta-feira, 6 de março, na Faculdade de Ciências e Tecnologia – Monte da Caparica. José Carlos Ferreira e José Júlio Alferes, em nome da Faculdade e da equipa técnica que liderou este processo, e Inês de Madeiros, Presidente da Câmara Municipal de Almada, deram as boas-vindas e agradeceram a presença do Governo, na pessoa da Secretária de Estado da Mobilidade, Cristina Pinto Dias, e a participação dos cidadãos, que ultrapassou todas as expetativas.

Faustino Gomes, Presidente do Conselho de Administração da Transportes Metropolitanos de Lisboa, e Helena Campos, Presidente em exercício do Conselho de Administração do Metropolitano de Lisboa, as restantes entidades envolvidas no projeto, deram igualmente nota do sucesso da participação pública no trabalho. Um momento que, conforme Faustino Gomes evidenciou, “não era obrigatório, mas foi considerado determinante no projeto. Este momento de humildade era necessário, porque sabemos que não sabemos nada.”

A revelação dos resultados

Feitas as introduções, chegou a hora da apresentação dos resultados, o tão aguardado momento para todos os que estavam no auditório ou a acompanhar em streaming, e até para as entidades envolvidas. Lia Vasconcelos e José Carlos Ferreira, da equipa técnica que conduziu o trabalho, recordaram a metodologia utilizada, que garantiu que todos fossem ouvidos e expressassem as suas preocupações. Entre participações online e públicas, estas últimas distribuídas por sessões na Trafaria e na Costa da Caparica, e organizadas em mesas de trabalho apoiadas por facilitadores e por técnicos, o processo envolveu um total de 868 cidadãos e gerou 518 perguntas/preocupações. Entre estas, as questões que se revelaram mais preocupantes para os participantes da Trafaria, da Costa de Caparica e ainda dos que contribuíram à distância, relacionam-se com o ruído e as vibrações, com os interfaces (funcionamento e localização), com os esquemas de trânsito, com os horários, com a escolha do traçado e suas paragens, entre muitas outras questões que vão estar assinaladas no relatório final da participação pública paro grupo de trabalho, com data de entrega a 30 de março.

Entretanto, até 21 de março, a participação continua a decorrer, pelo que ainda é possível acrescentar contributos através do seguinte formulário online ou de formulários físicos dispensados pelas juntas de freguesia. A 28 de março serão colocadas online (páginas CMA e Nova FCT) as FAQs, e no segundo semestre de 2025 será feita a apresentação do tratamento das perguntas colocadas.

Continua, deste modo, em construção um processo que se quer isento e de resposta às necessidades das populações. “Um excelente exemplo”, conforme Cristina Pinto Dias, Secretária de Estado da Mobilidade, defendeu, contrapondo-o à habitual queixa de falta de inquéritos relacionados com os transportes públicos.