A assinatura do protocolo entre a Câmara Municipal de Almada, o Metropolitano de Lisboa e a Transportes Metropolitano de Lisboa (TML), no dia 15 de julho, assegura a elaboração do projeto de expansão do Metro Sul do Tejo até à Costa da Caparica e Trafaria, passando por Santo António e São João.
Este protocolo, segundo Faustino Gomes, presidente do Conselho de Administração da TML, pressupõe a parceria entre entidades que detêm as valências necessárias: “Se a Câmara Municipal de Almada nos traz o conhecimento profundo do território e seu ordenamento e o sentimento das populações, o Metropolitano de Lisboa traz o conhecimento especializado em tecnologia e projeto, e a Área Metropolitana de Lisboa (em que a TML é o seu braço operacional) traz a visão do que é melhor para uma estratégia metropolitana, de conjunto, e não somente a soma das partes”.
O novo traçado, proposta pela Câmara Municipal de Almada, é um passo significativo na melhoria do transporte público, oferecendo uma alternativa rápida, eficiente e ecológica aos habitantes e visitantes destas zonas costeiras. Este novo troço, que acrescentará mais cerca de 6,6 quilómetros à atual rede, e que permitira uma ligação direta ao transporte fluvial, visa reduzir a dependência do transporte individual, respondendo assim ao compromisso de Portugal de atingir a neutralidade carbónica em 2050.
Relativamente à redução do tráfego rodoviário, espera-se uma diminuição significativa do tráfego automóvel nas principais vias de acesso à Costa da Caparica e Trafaria, contribuindo para um ambiente mais limpo e menos congestionado. O projeto vai proporcionar um acesso mais fácil e rápido às praias da Costa da Caparica, beneficiando residentes, turistas e promovendo o turismo local. Este novo troço, que passará a servir também as zonas habitacionais de Stº António e São João, será também um incentivo ao desenvolvimento económico da região, atraindo novos negócios e oportunidades de emprego.
Metro de Lisboa vai iniciar de imediato os estudos técnicos
O protocolo de colaboração tem por objeto definir os termos e condições de cooperação a estabelecer entre as partes tendo em vista o estudo, planeamento e concretização do projeto de extensão do Metro Sul do Tejo, designadamente no que se refere ao seu objeto, custos, faseamento e definição do traçado.
No âmbito do protocolo cabe ao Metropolitano de Lisboa a Gestão do Projeto, estabelecendo e assegurando a colaboração entre as partes; desenvolver e/ou promover o relatório de diagnóstico; fazer a avaliação da viabilidade técnica-económica do traçado de referência e a realização de serviços de cartografia e de topografia, entre outros.
A Câmara Municipal de Almada ficará responsável por estabelecer as condições de inserção urbana do novo traçador, no território sob sua tutela administrativa, particularmente de harmonização com as áreas urbanas abrangidas pelo novo troço.
À TML caberá assegurar a articulação e gestão do projeto de expansão do Metro Sul do Tejo até à Costa de Caparica, abrangendo os estudos sobre tráfego e procura, bem como a harmonização das opções de transporte público com os demais modos de transporte e tarifário no contexto da área metropolitana de Lisboa. Esta iniciativa visa garantir infraestruturas de conectividade regional, potenciando a máxima eficiência e eficácia do serviço público de transporte de passageiros no seu conjunto.
Este passo pode bem ser, segundo Faustino Gomes, “a evolução necessária para trazer ao Arco Ribeirinho Sul um novo fôlego e representar uma grande evolução para a mobilidade nesta margem, mas também numa lógica de uma região metropolitana bem articulada, em que o rio une e os territórios se desenvolvem de forma equitativa, contribuindo os transportes para essa coesão.”
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